Período Regencial
1831 – 1840
Regência Trina Provisória:
- Durou até junho de 1831;
- Nicolau Campos Vergueiro, Carneiro de Campos e Brigadeiro Lima e Silva;
- Adotou medidas importantes, visando conter o avanço político dos liberais exaltados: manutenção da Constituição de 1824; anistia aos presos políticos; reintegração do ministério demitido por D. Pedro I, aprovação da Lei Regencial que privava os regentes de parte importante do poder moderador; Criação da Guarda Municipal, uma milícia civil destinada a manter a ordem pública.
Regência Trina Permanente:
- 1831-1835;
- Deputados: Costa Carvalho, Bráulio Muniz e Brigadeiro Lima e Silva;
- Consolidação do Partido Moderador no poder;
- Enfrentou dificuldades, rebeliões populares, revoltas militares;
- Feijó se transformou numa importante figura política: Ministro da Justiça, comandava as forças policiais;
- Procurou consolidar os interesses da elite dominante;
- Moderados: habilidade política;
- Feijó extinguiu a Guarda Municipal e criou a Guarda Nacional
- Corpo de oficiais formado quase exclusivamente por grandes proprietários rurais;
- Aprovou-se uma Lei que estendia a autoridade do governo sobre os juízes de paz – subordinando o poder judiciário ao poder executivo;
- Feijó renunciou em 1832 – após uma tentativa frustrada de conquistar poderes ditatoriais;
- Aprovação do Código de Processo Criminal;
- Reforma Constitucional – Ato Adicional 1834
Principais Pontos:
- Descentralização do poder, concedendo maior autonomia política, administrativa e financeira às províncias;
- Criação, em cada província, de uma Assembléia Legislativa Provincial, formada por deputados eleitos;
- Abolição do Conselho de Estado, mantendo-se, porém, o Poder Moderador;
- Transferência da Capital da província do Rio de Janeiro para Niterói;
- Transformação da cidade do Rio de Janeiro em Município Neutro, uma espécie de Distrito Federal;
- Redução da autonomia dos municípios;
- Transformação da Regência Trina em Regência Una.
Regência de Feijó:
- 1835-1837
- O Ato Adicional determinava que a Regência seria exercida por uma só pessoa, eleita por voto “popular” – de 5 milhões de habitantes apenas 6 mil eram votantes;
- Feijó foi incapaz de solucionar a crise financeira que se abatia;
- Duas grandes rebeliões: Revolução Farroupilha e Cabanagem, no Pará;
- Em 1837 – Feijó renunciou
Regência de Araújo Lima;
- 1838-1840;
- Apresentou a Lei de Interpretação do Ato Adicional: transferir ao governo central o controle de todo o sistema jurídico e policial;
- Reformou-se o Código Criminal – reduzindo a autoridade dos juízes de paz;
- Regresso do Partido Conservador: Surgiram dois novos partidos – Regressistas e Progressistas;
- Regressistas: composto por antigos moderados e restauradores – governo forte e centralizado
- Partido Progressista: liderados por Feijó – aceitavam uma monarquia constitucional, desde que respeitadas as medidas liberais anteriores adotadas, inclusive o Ato Adicional;
GOLPE DA MAIORIDADE: COLOCAÇÃO ANTECIPADA DE D. Pedro II no trono;
- Líderes progressistas perceberam que era quase impossível derrotar os conservadores regressistas, quer por eleição, quer por revolta armada;
- Para resolver o problema, resolveram antecipar a maioridade de D. Pedro II;
- Clube da Maioridade: acreditava-se que a subida do imperador ao trono contribuiria para pacificar a situação política;
- Os chefes militares simpatizavam com a idéia;
- Os Regressistas procuraram eliminar o movimento maiorista;
- Os liberais pensavam que com D. Pedro II no trono poderiam formas ministérios de liberais;
- 22 de julho de 1840 – comissão de senadores e deputados se reuniram com D. Pedro II para efetivar a decisão.
- Os Ministérios foram compostos por Liberais.
Revoltas Regenciais:
- Rio de Janeiro – 1831-1832;
- Cabanagem, Pará – 1835-1840;
- Revolução Farroupilha, RGS – 1835-1845;
- Sabinada, Bahia – 1837-1838;
- Balaiada, Maranhão – 1838-1841.